“No dia 07 de dezembro de 1914, houve uma reunião com o objetivo de formar uma nova filarmônica na cidade de Belmonte. Foi organizado um quadro de associados, tendo como componentes os Senhores Aristoteles Duarte, Amando Liger da Rocha, Minervino Souza, Frontelmo Paiva, Antonio Alexandrino Siqueira, Lafayete Athayde, Saturnino Costa, Brás Giffoni, Sebastião Pinho, Antônio Francisco Nervino, José dos Passos Lemos, Esmero Martins, Francisco Batista, Afrodísio Santos, Elísio Encarnação, Julião São Pedro, Vicente Santana, Francisco Ludgero, José Vicente Ferreira, Astrogildo Báffica, Almiro lemos e Ascânio Imbassay. 

De acordo com Sinhorzinho da Lyra, essa mesma reunião foi transformada em Assembleia e constituída a primeira diretoria da nova filarmônica, sendo indicado para presidente pelo Coronel Frontelmo Paiva, o Coronel Aristóteles Duarte; para vice-presidente o senhor Amando Liger da Rocha; para primeiro secretário o senhor Lafayete Athayde, para segundo secretário o senhor Minervino Souza; para o cargo de diretor foi eleito Elísio Encarnação; para arquivista o senhor Julião São Pedro e para fiscais de contas os senhores Vicente Santana, Almiro Lemos e Astrogildo Báffica. Na Assembleia Geral estavam presentes todos os outros nomes acima citados. 

Essa organização para a criação de uma nova filarmônica contava com “o Regente (Esmero Martins) e dezessete músicos que vieram da antiga filarmônica denominada “Bomfim” a qual pertencia a uma família poderosa, tendo como presidente a primeira dama de Belmonte, a senhora Guilhermina Gomes. 

Esmero Martins, como regente da Lyra, convidou o corpo musical para os ensaios a partir do dia 10 de dezembro, para ser inaugurada no dia 1º de janeiro de 1915. O presidente encerra a sessão. 

 

Texto extraído do Livro: Entre A Memória e a História