Ovydio Santa Fé Aquino, nasceu em 21 de Junho de 1898, na cidade de Irará, estado da Bahia; filho de Antônio Umbelino de Aquino e Constança Santa Fé Aquino; seus avós paternos, Manoel Thomaz de Aquino e Archanja Maria de Jesus Aquino; maternos, Ovidio José de Santa Fé e Theodora Soares de Santa Fé.
Em 29 de Novembro de 1909, concluiu o curso primário com o saudoso professor José Gomes de Assis. Em princípios de Maio de 1914 ingressou na Escola de Música da Sociedade Filarmônica “19 de Junho”, nessa época aos cuidados do musicista de Requinta, senhor Jucundino dos Santos e, por ausência do musicista de caixa, no próximo aniversario da Banda, ele o substituiu com a costumeira de farda de então, calça branca e blusa azul marinho; o velho seu pai que vinha ignorado, passou a saber por ocasião dos ensaios para o dia 19 de Junho.
Começando a se distinguir entre os colegas, era convidado para incorporar nas Bandas de Serrinha, Pedrão, São Gonçalo dos Campos e Feira de Santana, tornando-se conhecido nestas cidades, principalmente em Feira onde servia como integrante local e fundador da “Euterpe Feirense” servindo nesta última até as proximidades de sua ausência de Irará. Quando o maestro Amando Nobre deixou Irará e foi para Feira de Santana, ele o substituiu na regência da Banda “Filhos do Progresso”, sendo um de seus fundadores.
Regeu a Banda de Petrolina, entre 1926 e 1927; em 1928 até os princípios de 1929 regeu em Juazeiro a “28 de Setembro”. Em Março de 1929 foi convidado a ir para Belmonte reger a Filarmônica Lyra Popular, constituindo família na cidade. Trabalhou como funcionário publico municipal e regente da “Lyra” aonde deixou varias obras de suas autoria com destaque para, Periquito, Bodas de Prata, Alberto Matos, Cruzeiro do Sul, entre poemas e canções. Deixando a “Lyra” em 1946. Regeu a “15 de Setembro”, também de Belmonte, entre 1946 a 1960.
Ovydio Santa Fé, músico “trompetista” e poeta, passou os últimos anos da sua vida em Salvador, gravou um disco “Poemas Cantados do Maestro Santa Fé”. Viu seu Dobrado Periquito ganhar fama por onde passava. Faleceu em Agosto de1988 aos 90 anos, deixando seis filhos: Jose Pires de Aquino, Osmar Pires de Aquino, Dagmar Pires de Aquino, Elza Pires de Aquino, Lurdes Pires de Aquino e Silvia Pires de Aquino.